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DOSSIÊ



A ORIGEM DA GRUTA

Aproximadamente. há 4 décadas a comunidade Guaibense, reconhece  a Gruta de Mãe Oxum da Praia, a origem do monumento, segundo   moradores do balneario , nos relatam que Mãe Dálila realizava reuniões com outros religiosos em sua casa e numa delas, a Yalorixaá solicitou uma área na beira da praia para que fosse construida uma Gruta ,  o Prefeito Solon Tavares, político sensivel as necessiddades foi além, doou a e  construiu o monumento. A religiosa Dalila , mandou vir de muito longe uma imagem esculpida em madeira, na sua base foi gravado  "DOAÇÃO DE MÃE DALILA DE ODÉ AO MUNICÍPIO DE GUAÍBA". Nessa época foram realizadas grandiosas festas em homenagem a Mãe Oxum da Praia da Alegria, quando a Yalorixá ia realizar festa na Gruta,  ela  iluminava a Pedra de Xango e  vinha acendendo velas pelas três quadras de  distância  até a gruta. Além deste ato litúrgico e simbólico, a mesma interligava a Pedra que é o domínio do Orixá Xango com  a Gruta de Mãe Oxum que fica em frente ao seu reino sagrado, que é as margens do Rio Guaíba.

APAGAMENTO DA MEMÓRIA

No ano de 1988, a religiosa  morreu, e conforme os anos iam passando, foi se apagando o interesse dos religiosos, dos  políticos e da sociedade civil organizada. Entrando esses espaços em total invisibilidade.
Nesse período servindo de altar para os moradores da praia que definem esse espaço  como um  lugar de orações e preces, muitos leigos fazerem suas ofertas, as demais lideranças afro,  desconsideraram a importância de  manter as festividades, os espaços ficaram nessa inércia invisível em torno de vinte anos.

O DESPERTAR DA COMUNIDADE 

ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, com a morte de sua dirigente  espiritual , a  Yalorixá Quina de Yemanjá ,  os orixás determinarão que essa casa seria comandada por  sua  filha Carmen Lucia Silva de Oliveira,  Mãe Carmen de Oxalá, ao assumir a casa religiosa, além dos compromissos internos, sentiu-se na obrigação de preservar o nome da casa. Aceitou o desafio de ser conselheira do CODENE - Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul, o conselho tinha a incumbência de construir o processo que desencadearia na  1ª Conferência Nacional de Políticas de Promoção a Igualdade Racial, nela nasce um programa voltado para as  comunidades tradicionais  de terreiros. A entidade se propõem a  executar na base essas políticas integrando   desde 2005, na realização de  seminários para  casas de religião no município de Guaiba,  foram trabalhados vários temas. No dia 18 de janeiro de 2009, foi realizado o 1º Seminário de Religião de Matriz Africana e Meio Ambiente, foi no momento que os religiosos entenderam, que eles são os ambientalistas natos, e  nele  que surge a demanda da Gruta de Mãe Oxum da Praia da Alegria.

RELIGIÕES AFROS EM BUSCA DA CIDADANIA

Os religiosos que participaram da formação assumiram que erram, pelo descaso , isso foi algo relevante, mas  nasce uma vontade de cuidar, inúmeras ações foram desenvolvidas para o restauro da gruta. Reuniões incansáveis, seminários e nesse momento quem estava exigindo dos religiosos era o poder público, a entidade sustentada por princípios democráticos e alguns  membros da comunidade religiosa,  retiram a Santa do meio dos escombros e registra Ministério Público  a necessidade urgente do município restaurar a Gruta, O poder executivo deu para a representante legal um termo de fiel depositária da imagem. No momento de transição eleitoral para prefeito e vereadores surgem interesses diferentes, e para esses, do mesmo tamanho, as promessas de campanha, até o momento o município não demonstra vontade política de resolver o problema da  Gruta, está mais  preocupado em encontrar uma forma legal de atender os seus. O Ministério Público que estava fazendo a exigibilidade do restauro,  após o depoimento da Secretária de Cultura, afirmando que o interesse era somente da comunidade das religiões afro- brasileiras resolveu arquivar a representação , sem pedir provas para a Prefeitura, sendo que o bem é da prefeitura. Ao ser procurado pela  representante da Assobecaty  ao questionar MP, o  Promotor sugeriu que a entidade provasse que  não é só de interesse religioso, para voltar a fazer a exigibilidade para a prefeitura. Caso contrário que a comunidade banque os custos do restauro que foi apresentado pela SETUDEC, importa em torno de 17 mil reais.

O RELIGIOSOS EM ESTADO DE VULNERABILIDADE 

A dinâmica política sobre as religiões no município, não muda olhando para a linha do tempo, onde  o modelo almejado era ser  reconhecido como a Mãe Dalila, por suas realizações, então continuar a sua obra não foi o caminho a ser seguido até por aqueles que hoje  dizem que estavam junto com a religiosa. Surgirão festas grandiosas de Yemanjá na beira das águas doces e essas passaram a ser sustentadas  pelo poder público, o fato que chama atenção, é que  uma delas é realizada até os dias de hoje e  durante 20 anos, nunca foi mencionado que nas festa anuais, luxuosas de Yemanjá realizada no Balneario Alegria, que os religiosos fizeram referência a Mãe Oxum que ficava na Gruta  a uns 30 metros de distância  esta comunidade fazia ignorava totalmente o santuário. 
O descaso que o a Gruta de  Mãe Oxum recebia do poder publico era dividido com a maioria dos religiosos, a prefeitura  abria o diálogo com uma três casas de religião e por muito esforço e trabalho da Assobecaty, suas ações no bairro Santa Rita,  arromba esse circulo viciosos, na época era dirigida pela a Yalorixá renomada no estado Mãe Quina de Yemanjá, na década de 90 que  propõe a Lei Municpal da Semana da Umbanda e das Religiões de Matriz Africanas. apartir dai começam articulações  com demais casas  de religião para a execução da lei. O conflito com o poder publico é que eles não queriam dialogar com as demais casas, e o trabalho da entidade era  mudar essa realidade. O amadurecimento veio  com os seminarios e as  diversas ações, a Assobecaty sustentada pelas comissões apoiadora, convidavam outros para se organizarem no movimento, obtinham respostas, como não vai dar em nada, não me vejo agindo assim, não é o meu momento, estou sentado pagando para ver o que vai dar e tantas outras,mas após a retirada da santa do local as resposta mudaram de sintonia. A maioria afirma que não foram consultados, e todos foram,  foram chamados por termos tido o cuidado de protocolar as correspondência.
Alguns diziam que o amigo político vai dar um jeito na  situação para que ele assuma a condução do processo, e isso só atrapalha gerando disputa, os gestores que estão na ponta e deveriam resolver o impasse entretanto, são os primeiros a difundir comentários que afugenta mais ainda o não entendimento da situação gerando conflitos, as manifestações de desejos de tirar a entidade que esta encabeçando, para tocar o processo, sendo que no entendimento deste não precisa papel, não precisa nada.
 Sendo um aspecto mais relevante é o dó,  que os religiosos sentem por  a Assobecaty  ter posto a coitadinha da Prefeitura no Ministério Público. 

QUAL O SIGNIFICADO
O fato da imagem de Mãe Oxum  ter sido levado do seu reino natural,  até que a situação se resolva a comunidade religiosa, iniciou a realizar festividades no dia consagrado ao Orixá Oxum, dia 8  de dezembro, para ter uma maior mobilização os religiosos envolvidos realizam no domingo após o dia 8. O primeiro ano significou resgatar algo que havia se perdido no tempo, estar retomando algo que há muitos anos deixou de existir resignificar a ligação da imagem com o santuário e o rio e o despertar de uma comunidade para o compromisso com a sua cidadania religiosa , e isso  implica os direito e deveres assumir o papel de impulsionar o retorno das celebrações oficiais  para a Mâe Oxum da Praia da Alegria.

AÇÕES AFIRMATIVAS
Para a maioria dos que observam esta situação, acham que é apenas um jogo de braço entre a  entidade  e o poder publico municipal, nós temos o entendimento que essas ações são o que chamadas de  ações afirmativas, onde buscamos uma reparação da invisibilidade tanto do local e espaço da gruta como de nossa entidade e a luta de um grupo de religiosos que buscavam ser olhados com respeito a religião de matriz africana e os valores civilizatórios africano. Já vínhamos sendo  tolhidos por apresentarmos aspectos  reivindicatórios a urgência de mudanças do olhar discriminatório, eurocentico que até então ocorriam a revelia na cidade de Guaíba.  

AÇÕES EDUCATIVAS
A falta de investimento em capacitação a falta de politicas educativas é notória  quando o poder publico não tem o entendimento de desenvolver politica que efectivamente respondam as  necessidades de toda a comunidade religiosa mas também do publico que a  utiliza. Estamos diante de uma situação que o municipio possui 100 mil habitantes e não temos a presença no município do Conselho Municipal de Cultura, para fazer a interlocução com a comunidade, isento  da imposição de interesses  religiosos que centralizam a discussão política cultural. Além  de não possui formação ou acumulo cultural para avançar diante desta situação rigorosa, instigante e complexa, que é o Monumento a Gruta de Mãe Oxum da Praia da Alegria. que não pode e não deve ser aplicadas  resoluções simplista.